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  • Julio Gostisa

    Olá, seja bem-vindo ao meu blog no Gourmet. Sou um apaixonado pela indústria da comunicação e pelo mundo dos vinhos há anos! Escrever sobre vinhos é subjetivo, mas quando feito com dedicação serve sim para ajudar o leitor a ganhar mais confiança. Facilitando que ele venha conhecer novas regiões, uvas, vinícolas ou até mesmo safras. Portanto, a ideia deste blog é passar de maneira objetiva informações uteis sobre produtores, tipos de vinhos, regiões, viagens, harmonizações ou até mesmo lançamentos no mercado gaúcho. Juntos iremos nos surpreender com esta indústria e no final você certamente irá aprender a confiar mais em seu paladar!

Conteúdo de   Blogs#Julio Gostisa :: Quando não vale a pena dizer a verdade?

Falando de vinhos

11/03/2016 13:30     11/03/2016 14:33

Quem me conhece sabe que “orbito” entre duas industrias bem distintas. Desde meus primeiros dias acordando cedo vivo o mundo da comunicação, seja ela impressa ou digital. E depois de me tornar “gente grande”, passei a fazer parte do mundo dos vinhos.
Volta e meia meus amigos aproveitam para me perguntar: “E aí, quando o jornal impresso vai acabar?”. Quando notam que sigo de forma “gaulesa” defendendo o produto e a credibilidade do impresso mudam de indústria, mas seguem fazendo perguntas difíceis de responder. E me perguntam porque nunca escrevi falando mal de algum vinho em minhas redes sociais ou em meus textos. E seguem firme: “vai dizer que tu nunca teve vontade de falar mal de algum vinho?”
Já provei vinho ruim sim e também já tive vontade de escrever falando a verdade, mas normalmente as pessoas estão interessadas em ler e saber sobre as coisas boas da vida. Não acredito que falar mal de algum vinho ou produto possa captar mais leitores e seguidores.
Escrever sobre vinhos, na minha opinião, é uma coisa muito pessoal e subjetiva, mas quando é feita com profissionalismo e dedicação serve sim para ajudar aquele consumidor novato a ganhar mais experiência e confiança. Ele começa a entender mais deste maravilhoso mundo e se aventura em novas uvas, regiões e safras!
Também reforço que por experiência própria, em degustações oficiais ou em visitas a vinícolas de diversos lugares, todas as vezes que fui 100% sincero e falei a verdade sobre qualquer vinho com algum produtor ou importador, a conversa e reação não foi muito boa.
Ninguém gosta de passar anos e anos preparando uma garrafa de vinho para ouvir alguém falar mal dela, por mais experiente que a pessoa seja. Aprendi nesses eventos e viagens, que a maioria dos produtores de vinho não gosta de receber feedback negativo sobre seus produtos e que o número de garrafas vendidas é um bom parâmetro para o produtor se preocupar ou não com a qualidade do produto.
Mas não vamos entrar nessa polêmica à toa, vamos sim aproveitar este POST para falar de um excelente exemplar produzido na Espanha, um dos meus vinhos preferidos (de verdade!):
“O C.V.N.E – Imperial Gran Reserva 2008, da Compañia Vinicola del Norte de España é produzido somente em safras excepcionais! Foi eleito o vinho do ano em 2013 pela renomada revista americana Wine Spectator dentre 20.000 rótulos. Após sua colheita manual (uvas Tempranillo, Graciano e Mazuelo), o vinho descansa por 24 meses em barricas de carvalho. Antes de chegar ao mercado, repousa por 36 meses na garrafa. É um tinto clássico representante especial da Rioja, na Espanha. Tem aromas complexos de ameixa preta e corpo médio. É nada agressivo ou musculoso, mas não deixa faltar estrutura ou “pegada”. A magia dos vinhos espanhóis diferenciados é que eles não deixam o carvalho se sobrepor, mas reforçam os aromas de frutas vermelhas maduras com notas minerais. É um vinho fresco que pode durar por anos na garrafa e estar perfeito! Pela habilidade em equilibrar taninos, aromas e sabor com tanta harmonia e por ter um preço razoável no mundo dos vinhos top, este é, para mim, inesquecível. Um verdadeiro abraço na alma para quem gosta de vinhos em geral.”
*texto em itálico publicado no Caderno Gourmet do dia 06/11/2015. 

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