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Conteúdo de   Matérias :: O sabor dos vinhos de sobremesa

Delícia na taça

Os vinhos de sobremesa são perfeitos para acompanhar doces e ainda podem ser bebidos sozinhos, ao fim das refeições.

25/05/2015     17h09

Uvas colhidas congeladas; outras, atacadas por um fungo microscópico. Há ainda as uvas que são secas ao sol e as que amadurecem muito mais tempo nas videiras. São vários os estilos chamados de vinhos de sobremesa. Em comum, todos têm doçura característica equilibrada com acidez.

Um dos tipos mais famosos provém de um fenômeno conhecido por um nome pouco atrativo: podridão nobre. “Condições climáticas únicas durante a safra, com névoa e umidade pela manhã, e calor à tarde, possibilitam a ação do Botrytis cinerea, um fungo que desidrata a uva, concentrando seus açúcares e acidez. A colheita é feita cacho a cacho, para pegar apenas aqueles atacados pelo fungo. O resultado é um branco aromático, com nuances de frutas e mel”, aponta o sommelier Fausto Castilhos.

Uvas colhidas tardiamente dão origem aos demais estilos de late harvest, ou colheita tardia. Este “atraso” é a forma natural de obter uvas com maior teor de açúcar. “Durante a fermentação, as leveduras morrem antes de conseguir transformar todo o açúcar da uva em álcool, e o vinho final tem uma doçura bem presente. África do Sul, Argentina, Brasil e Chile produzem em grande quantidade. Chardonnay, Chenin Blanc, Semillón, Muscat e até mesmo Malbec são os mais conhecidos e responsáveis pela fama deles no mundo”, complementa o especialista.

Em algumas regiões, as uvas ficam nos vinhedos até o inverno, quando a temperatura cai consideravelmente. Colhidas congeladas, elas dão origem ao vinho do gelo, ou icewine. São mais comuns no Canadá e na Alemanha. Já a uva Moscatel gera um vinho doce quando vinificada com a casca, sendo sua principal característica o aroma floral. Quando vinificado em espumante, não é diferente. “São espumantes naturalmente doces, com notas florais, de almíscar, uva madura, mel, damasco e pêssego. O Brasil é, hoje, referência na produção de espumantes Moscatel no mundo, sendo Farroupilha, no Rio Grande do Sul, a principal região - representa pelo menos 50% do cultivo da uva”.

Confira alguns representantes dos vinhos de sobremesa:

Aurora Colheira Tardia – De coloração amarelo-ouro, aromas de nozes, castanhas, flores brancas e mel e paladar suave e aveludado.
Salton Moscatel - Brilhante, com coloração claro esverdeada com grande desprendimento de finas borbulhas e formação de abundante espuma branca e muito fina. Apresenta aromas de flores brancas, cítricos, maçã, pêssego e outras frutas.
Nederburg NLH (Podridão Nobre) - O visual dourado do vinho sul-africano indica aromas de frutas adocicadas, no caso, damasco, pêssego em calda, abacaxi maduro, mel e algo de cera e resina - efeito da botrytis.

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